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Fernando Cruz Gomes
E se pedíssemos perdão?!
Manuela Ferreira Leite. Quando tivermos oportunidade de estar com ela... vamos pedir-lhe desculpa. Perdão mesmo. É que, de facto, nunca fomos muito à bola com a sua figura de mulher austera, que muitos chegaram a apelidar de “dama de ferro”. Em nós nunca ela despertou mais do que... um certo ar de desamor. Perdão, portanto. E como “só os burros é que não mudam”... nós também mudamos.
De facto, quando, não há muito, a senhora esteve na televisão a conversar com Judite de Sousa, deparámos com alguém superior. Com um ar mais natural do mundo... dissecou todas as coisas que ultimamente afectam o comum dos mortais em Portugal. Com um jeito quase maternal, como dizia, há dias, Vasco da Graça Moura, ela nem se exaltou, apenas dando a ideia de que era uma mestre-escola a explicar um problema de simples aritmética a uma criança. Pondo a nu, afinal, toda a falácia de um Governo – aquele que temos agora – que se compraz em atirar aos ares meia dúzia de macacos que tira de um nariz feio e mais feio parecendo. Um Governo que, pela cabeça do Sócrates da nossa angústia, toma a sério os dislates demagógicos de um Governador do Banco de Portugal, que antes de fazer o estudo encomendado já sabia a resposta a dar.
E a senhora mais não fez do que alinhar números, jogar com cabeça frente aos problemas que já se avolumam mais do que estavam e muito mais se vão avolumar. A senhora não teve mais do que dizer a verdade nua e crua do que sabia e do que sabia... que eles sabiam.
E falou de tudo. Passando pelo défice, pelo aumento dos postos de (pouco) trabalho, das chamadas Scut, do sigilo bancário, de certos equívocos na apreciação de contas, das reformas e das remunerações dos funcionários públicos, das demagogias que têm vindo a ser escalonadas dia após dia. Trapalhadas... muitas trapalhadas. Trapalhadas que dão, desde já, a entender que o nosso primeiro não vai resolver nada. E não vai resolver nada porque se enredou em conversas do fala-só, em questiúnculas que têm a ver com um certo ódio de estimação aos que o antecederam. E, mesmo assim, ainda vai tentando dar uma de nicolau... dizendo que não sabia o que antes afirmava a pés juntos.
Se algum dia estivermos com Manuela Ferreira Leite... vamos, de facto, pedir-lhe perdão pelo mal que dela pensámos. É que ela conseguiu desmontar, uma a uma, as peças de uma máquina que tem muito de artimanha grosseira, de cosmética que já não engana, de erros crassos. Disse, no fundo, com provas – que só não vê quem não quer – que há banha da cobra a mais, vendida por um Governo que tinha tudo para brilhar.
Por agora, vamos assistindo, assim, paulatinamente, e sem nada poder fazer, a palavras de um Governo que, dizendo embora o contrário, está a aumentar a despesa pública, confronta desnecessariamente a sociedade civil e ajuda a desagregar as empresas. Vai ser um fartote. Será que o PS não tinha outra gente? Na gaveta onde o Socialismo entrou, não havia mais ninguém?
E sem saber como nem porquê, aparece-me na mente a história dos três papagaios. Um tipinho entra numa loja de animais para comprar um papagaio. Vendo três juntos, iguais, numa gaiola, indaga o preço. O da esquerda custa 50 euros – diz o dono. Que caro!, protesta o homem. O dono da loja explica que se trata de um papagaio muito especial que até sabe operar um computador. O da direita... vale 100 Euros. Novo espanto e nova explicação. É que o papagaio da direita, além de saber operar um computador, também domina Windows, XP, Unix e Macintosh.
Era preciso saber o preço do papagaio do meio. Esse custa 500 Euros. Era demais. O que é que ele saberá fazer de tão especial para valer esse dinheiro? Perguntava o comprador. A resposta não se fez esperar. Na verdade - diz o dono - nunca vi esse papagaio fazer nada mas os outros dois tratam-no por chefe...

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