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Fernando Cruz Gomes
Assobiar para o lado...
O governo de José Sócrates, a despeito de dispôr de maioria parlamentar, é um governo fraco. Daqueles que necessita de se defender até da própria sombra. E vai dando saltos em frente que mais não são do que... saltos à rectaguarda. Chega a parecer confrangedor assistir ao dia-a-dia de um Governo assim. E a verdade é que até diz coisas bonitas, palavras de esperança.
E traça caminhos que poderiam ser úteis. Para quewm tem uma maior parlamentar como a do PS, não restam dúvidas de que já deveria ter feito mais, aproveitando, sobretudo, o “estado de graça” que pensa ainda ter.
Ainda agora, com a ideia consolidada de fazer referendo sobre o aborto, José Sócrates mais não fez do que tentar desviar as atenções dos Portugueses para a sua quase inépcia governativa. Quem o diz é Marcelo Rebelo de Sousa, na RTP. Para este pensador, o PS está a utilizar a convocação de um novo referendo ao aborto como um estratagema para "desviar as atenções". Há que preparar um orçamento difícil para 2006? Há que preparar os Portugueses para duas derrotas mais do que evidentes? – Dá-se um saltinho em frente e atira-se com um referendo que, esse sim, se arrisca a ganhar.
Esta consulta é assim a modos de “pão com mel” para quem se está a pôr a jeito para seguir “de vitória em vitória... até à derrota final”. Nas Eleições Autárquicas e nas Eleições Presidenciais é previsível que a cor rosa fica algo desbotada. Salta aos olhos que o referendo, para mais entre as duas eleições, é algo que vem mesmo a calhar.
Raciocinava o professor que "o PS vai ter o seu grande teste económico e financeiro com o Orçamento para 2006 porque com este Rectificativo ele ainda pode dizer que é uma rectificação do Orçamento de Santana Lopes”. Pois... mas vêm aí contestações e mais contestações. Talvez lá para Outubro. E esse orçamento vai ser criticado a bom criticar, com os socialistas do Governo a terem de avançar com uma ou outra medida desagradável. Assim, nada melhor que o tal referendo para desviar as atenções do Orçamento de Estado.
A situação económica é, de facto, alarmante. E ao Governo é imperioso ter em atenção as dificuldades das classes mais pobres. Relançar, assim, o tema do aborto – para mais entre duas eleições – não é mais do que não entender o que deve ser a prioridade. E confundir as pessoas.
Só que há estrategos que pensam que o melhor é capaz de ser dar a entender que nada se passa, assobiar para o lado, em suma.

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