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  Entrevista
«Não tenho o sentimento de ter
feito sacrifícios extraordinários»

- 18-Dec-2009 - 12:48


Obreiro na luta de libertação (1956/1975), primeiro-ministro no pós-independência (1975/91) e Presidente da República desde 2001, Pedro Pires disse hoje (sexta-feira) não ter o sentimento de ter feito sacrifícios extraordinários pela causa de Cabo Verde. "Esse percurso não representa muita coisa. Cada um de nós deve ter um sentido na vida e outro de vida. Eu escolhi esse, o de lutar pela independência do meu país, de lutar e participar na construção de um Estado independente.


Depois disso, escolhi agir, de acordo com as minhas responsabilidades para estimular e facilitar o desenvolvimento do país, a construção do bem-estar dos cabo-verdianos", justificou.

"Agora, o que é que isso nos trás? Se isso nos trás satisfação, claro que sim, porque todos nós precisamos de algo na vida, que é sentirmo-nos realizados: fazemos uma opção e queremos que ela tenha os resultados que esperamos", acrescentou.

Entrevistado pela Lusa por ocasião do 35º aniversário da assinatura dos Acordos de Argel, rubricados em Lisboa a 19 de Dezembro de 1974, o chefe de Estado cabo-verdiano disse ter vivido "uma vida orientada num determinado sentido", em que procurou agir com "coerência" e de forma que as suas escolhas tivessem sucesso.

"Não diria que passei por tantos sacrifícios. Pessoalmente, hoje não tenho o sentimento de ter feito sacrifícios extraordinários. Vivi uma vida, orientada num certo sentido. A partir daí, não sei se posso reclamar ter feito sacrifícios a mais. Vivi a vida de acordo com as circunstâncias", explicou.

Questionado sobre a razão da celebração da data, Pedro Pires salientou o facto de ser necessário ajudar a contar a História do passado, recorrendo ao célebre ditado africano: "Enquanto os leões não tiverem os seus próprios historiadores, as histórias da caça continuarão a glorificar o caçador".

"A História, ela própria, tem sido sempre mal contada. A História que, muitas vezes, é apresentada e que precisa de ser revista é a dos vencedores. Os vencedores apresentam as suas versões, as suas razões e os seus objectivos", defendeu.

"Mas está claro que o vencedor vai apresentar isso da forma a que não se apresente como um agressor, ou como aquele que pratica a violência, mas sim como o que defende uma boa causa. Mas é preciso saber se as boas causas são efectivamente boas causas. É isso que levanto", sustentou.

"Temos de repensar tudo o que foi dito e escrito durante todo esse tempo, porque, quando nós desejamos trabalhar para a reconciliação da Humanidade, está claro que temos de ver vários aspectos e um deles é esse, da História, como cada um de nós está colocado e é visto pela História e na História".

Instado sobre o que surgirá nos manuais escolares cabo-verdianos dentro de 20 ou 30 anos, Pedro Pires riu-se.

"Isso não sei (risos...). Não sei se estarei cá para ver isso. O que acho é que me cabe o dever de deixar as minhas memórias. Mas não pretendo escrever a História. Dessas memórias, os historiadores poderão extrair elementos para elaborar a História", referiu, alertando para a necessidade de não se perder a memória.


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