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«Afonso Dhlakama já perdeu eleições a mais. Está gasto»
- 24-Jun-2010 - 12:32
Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, “está gasto” porque “já perdeu eleições a mais”, diz António Almeida Santos, antigo presidente da Assembleia da República e observador do processo político moçambicano. “O Afonso Dhlakama já perdeu eleições a mais e quando se perdem tantas eleições como ele perdeu, os adeptos perdem a esperança nele”, disse Almeida Santos, numa entrevista em que falou dos 21 anos que viveu naquela antiga colónia portuguesa e da evolução de Moçambique, que completa na sexta-feira 35 anos de independência.
Almeida Santos acredita que o líder da RENAMO “está gasto”, mas duvida que Daviz Simango, dirigente do MDM, que disputa a Dhlakama a liderança da oposição, possa ser alternativa à FRELIMO, há 35 anos no poder.
“Surgiu esse movimento na Beira. Parece que teve êxito. Mas é um êxito local. Por enquanto é um êxito regional”, acrescentou em declarações à Lusa.
Almeida Santos não esconde o orgulho que sente quem esteve na base de decisões ligadas à história de Moçambique.
“Vivi lá 21 anos como advogado e adversário do regime (colonial, derrubado a 25 de Abril de 1974). Fiquei sempre ligado à independência porque lutei por ela. Acabei por estar na base do acordo de Incomati, que ele (Presidente Samora Machel) fez com a África do Sul”, recordou.
Almeida Santos disse que pediu ao então secretário de Estado norte-americano para os Assuntos Africanos, Chester Crocker, um documento escrito a apoiar o acordo.
“Depois falei com o (Roelof) ‘Pik’ Botha, ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul e mais tarde com o Pieter Botha, que era o Presidente (sul-africano)”, salientou.
O Acordo de Paz de Incomati, assinado a 16 de Março de 1984, acabou com as ações de desestabilização sul-africana, enquanto o Congresso Nacional Africano, que protagonizava a luta de guerrilha e política contra o regime do apartheid, deixou de poder desenvolver actividades em solo moçambicano.
“Fui a Moçambique e disse ao Machel: estão criadas as condições para tu fazeres o acordo”, destacou Almeida Santos, que acrescentou ter convencido o Presidente moçambicano a fazer um périplo europeu.
A passagem por Portugal sobressaltava Samora Machel, mas foi Almeida Santos que novamente o sossegou.
“Não te tratam mal. Eu vou-te cá mandar um jornalista da televisão para te fazer uma entrevista e tu dás essa entrevista na véspera da viagem e metes os portugueses no coração. E assim foi, fez uma entrevista belíssima. Quando cá chegou não houve nem uma manifestação de protesto”, acrescentou.
Almeida Santos antevê um futuro risonho e bem sucedido para Moçambique.
“Moçambique, a meu ver, vai ser um país próspero, porque tem condições agrícolas para isso. Tem muita água, muita energia, muito gás e tem, sobretudo, uma grande riqueza marítima”, defendeu.
Ainda por cima, o actual chefe de Estado, Armando Guebuza, soma ao prestígio de ter sido um lutador pela independência o ter passado pela economia privada.
“É um indivíduo inteligente, passou pela economia privada, durante alguns anos dedicou-se ao setor económico, ganhou muito dinheiro, o que é muito bom. Ganhou muito dinheiro o que lhe dá independência económica e financeira, o que é importante num líder africano”, frisou.

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