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Coluna do Leitor

Festa da comunidade guineense em Odivelas, Portugal



Até quando, que a vontade de dançar seja tanta que a explosão aniquile as estrelas do céu? Que energia inebriante é esta que prevalece na nossa mente e nos nossos corpos? E porquê? Recomeçamos. “Temos de cortar a seguir à rotunta - digo eu, “ Qual é a saída, sabes?-perguntas tu. O Sr. da infoline diz para irmos naquela direcção- aceito eu transmitindo-te a resposta.” Tu sorris e continuas a conduzir.


O caminho até à chegada transmuta-se dando origem a mais movimento que também tinha como destino o mesmo que o nosso. Estacionamos em frente e acendemos um cigarro. Concomitantemente, deslocamo-nos até à entrada, e nesse instante, alguns minutos de silêncio acompanham a nossa expectativa. 1ª Impressão: um ambiente humano descontraído e calorosamente afável.

Adquirimos o bilhete e estamos preparados para desfrutar, desfrutar pelo menos de uma epifania de saudade. A oportunidade para estes “reencontros” foi o concerto de um dos grandes mestres da música contemporânea da Guiné-Bissau- Justino Delgado. O local: o espaço da CPLP em Odivelas. A data: no passado sábado dia 21 de Agosto, decorridos dois dias do Dia Mundial da Fotografia.

E as imagens que seguramente irão perdurar para além deste acontecimento, são os sorrisos estivais. Sorrisos lindos, rasgados de prazer, sorrisos de amizade, sorrisos líquidos e quentes, sorrisos de cumplicidade que colapsam e se fundem com um ambiente quente e húmido directamente transposto daquela terra, onde agora chove.

A noite teve um crescendo que se iniciou com a actuação do fantástico Patche di Rima e culminou com uma performance inspiradora de Justino. A sala foi pequena para acolher tantos amigos. Sereno, saudável e maduro este evento, proporcionou não só o “reencontro” da comunidade guineense residente em Portugal mas também, o “reencontro” do outro, neste caso, nós.

Ritmos marcadamente identitários e africanos foram saborosamente revelados a um público inter-geracional que, pouco a pouco deixou de se seduzir pelas cadeiras trocando-as pela expressividade corporal libertadora.

As cores, o movimento, os risos, as gargalhadas, a alegria acolhedora e a liberdade que nos prendeu foram o ponto alto deste encontro com a Guiné e para a Guiné. Foi um momento preenchido por 5 artistas cada um cantando duas músicas com excepção do mestre, Justino, que encantou até à última gota de energia daquela massa humana que se movia. As ventoinhas, a luz, o refrescante sabor da Sagres, boas recordações mas o mais refrescante foi sem dúvida o calor sentido. O calor das gentes...

Danças constatadas que souberam aquecer ainda mais os termóstatos e que afastam da nossa mente ventos xenófobos que têm vindo a soprar de alguns países europeus.

Ponto Forte: o espírito de festa a partir das 2:00h

Pontos Menos Positivo: as perspectivas sobre a dimensão do espaço podem ser repensadas, na medida em que, se a “pista” fosse maior entre o palco dos artistas e as cadeiras, iria favorecer provavelmente uma movimentação mais facilitada das gentes, do público.

Aceitando o pretensiosismo, mas não resistindo á crítica, não há desculpas para os lisboetas não aproveitarem a oferta cultural que actualmente têm ao seu dispor e a desculpa não pode ser a crise. Este espectáculo também é WORLD Music! E muito acessível! Neste caso “jeito tem”!!

Terminada a noite voltamos ao início destas impressões e percebemos mais uma vez que os guineenses nos fazem sentir numa só tonalidade. Até à próxima.

Rui Sá e Marta Carmo


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