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Eugénio Costa Almeida
Moçambique no WikiLeaks
Em considerações que há dias escrevi, a publicar em breve, “reclamava” que a WikiLeaks, salvo um pequeno telegrama sobre Cabo Verde, ainda, e estranhamente, não tinha mostrado qualquer documento relacionado com os restantes países da África lusófona, em particular dado a sua importância na região em que se insere, Angola.
Por Eugénio Costa Almeida
Pois eis que, e só de uma vez, Moçambique passa a figura central da WikiLeaks e logo com 4 documentos (09MAPUTO713. 09MAPUTO1291, 10MAPUTO80 e 10MAPUTO86), três deles referentes ao narcotráfico e um a eventuais comissões que uma alta personalidade teria auferido com o negócio de Cahora Bassa.
De acordo com um dos telegramas enviados pela embaixada norte-americana, em Maputo, esta considera Moçambique como a segunda plataforma mais importante de África, a seguir à Guiné-Bissau (outro a ser referido) no tráfico de drogas.
O referido telegrama denuncia, claramente, que há personalidades (e cita nomes) que auferem muito dinheiro com o narcotráfico, bem assim importantes instituições nacionais e políticas, nomeadamente, o partido no poder.
No entanto, também não deixa de louvar a atitude da polícia na detenção de várias toneladas de drogas, nomeadamente, na fronteira de Ressano Garcia-Lebombo ou numa das praias moçambicanas, em Congouene, na província de Gaza, após denúncia efectuada por pescadores.
E uma das razões porque Moçambique é uma potencial plataforma deve-se, segundo a embaixada, à enorme linha de costa moçambicana, o dobro da de Califórnia como realçam, precariamente ou minimamente patrulhada.
Outros dos factores que parecem potenciar o desenvolvimento do narcotráfico em Moçambique, procedente, a maioria, do sul da Ásia, prende-se com o facto do país apresentar uma enorme rede bancária aliado ao dinâmico sector imobiliário no que potencia a lavagem de drogas.
Mas as referências a Moçambique não se ficam só pelo narcotráfico.
Segundo outro dos telegramas da embaixada norte-americana para a Secretaria de Estado, a economia moçambicana está a ser dominada por altas individualidades do país, entre os visados estará o presidente Guebuza, bem assim, pelo partido no poder, sem levarem em linha de conta os interesses do país mas somente os seus próprios interesses.
E acordo com o telegrama, uma das altas personalidades, ligado a empresas de fachada, é denunciado como um “escorpião vicioso que vai picar você” dado a necessidade que tem de auferir rendimentos ilícitos com os negócios que se fazem com e dentro de Moçambique, além de ter participações financeiras em grandes empresas bancárias e no “corredor de Maputo” além de empresas de recursos naturais ou mesmo dos jogos de fortuna e azar.
Outra das acusações proferidas pela embaixada em Maputo passaria pela que a individualidade em questão teria auferido entre 35 e 50 milhões de USD em comissões na transacção da parte portuguesa de Cahora Bassa para Moçambique.
Ou seja, a WikiLeaks demorou mas estoirou!
09/Dez./2010
elcalmeida@gmail.com
http://elcalmeida.net

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