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Eugénio Costa Almeida
Quem quer acirrar as secessões em vésperas do 4 de Fevereiro?
Entre o mês de Agosto a Dezembro de 2010, a empresa de exploração de diamantes na localidade de Calonda, no Município de Lukapa, Lunda-Norte, no âmbito da expansão de exploração de projectos mineiros expropriou mais de 667 camponeses das sua lavras, o Governo Angolano permitiu por omissão que estes camponeses perdessem as suas lavras, violando desta forma o direito a segurança alimentar.
Consta que a ITM terá feito indemnizações para alguns camponeses na ordem de 50,00 USD a 100,00 USD por lavra de 300 m2 ou 400 m2. - 50 ou 100 USD não resolve a fome de uma família em 365 dias do ano, não cobre as despesas de material escolares dos filhos, medicamentos ou a compra de sabão, óleo e panos bem como outras necessidades das famílias camponesas.
A população da Lunda, 90% vive da agricultura de subsistência numa região onde o desemprego é da ordem dos 95%. A Localidade de Calonda é rica em diamantes e possui o maior Kimberlito do Mundo que ainda não está em explorado.“
Numa época em que multiplicam-se os movimentos secessionistas – recordemos Sudão; Nigéria e Camarões – e de lutas sociais ou pelo derrube dos “poderes” hereditários – Tunísia, Egipto, Argélia, Jordânia, Iémen, Gabão, só para citar os mais recentes e não esquecendo aqueles que parecem adormecidos – não se compreende como, a fazer fé no comunicado da Comissão do Manifesto Jurídico Sociologico do Protectorado da Lunda Tchokwe, o Governo provincial da Lunda Norte e, principalmente, o Governo Central, em Luanda, permitam tais posturas anti-sociais.
Em vésperas de celebrar o 50º aniversário da segunda revolta que levou à Dipanda, e tendo em conta as movimentações sociais que proliferam em muitas zonas africanas – as já anunciadas são as mais visíveis, mas não únicas – e quando estas atitudes criam evidentes e nefasto incentivos proto-efeitos sociais e desenvolvimentos de ideias secessionistas, parece-me oportuno que Luanda comecem a ponderar menos permissividade a expansionismos neocolonialistas de certas empresas “multinacionalizadas”.
Não esqueçamos que foi com um desempregado auto-imolado que tudo começou…
3/Fev./2011
elcalmeida@gmail.com
http://elcalmeida.net

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