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using defalts layout Não será certamente o caso. Ao mandar apagar todos os dados constantes dos discos rígidos da rede do ministério das finanças, os responsáveis sabiam que estavam a prejudicar uma transferência de poderes que, dadas as circustâncias em que Portugal foi colocado, deveria ser o mais rápida possível e com o mínimo de entraves.
Mas, no fundo, até nem espanta e é uma atitude totalmente coerente com tudo o que foi feito nos últimos seis anos.

O que espanta, isso sim, é a impunidade com que estas atitudes se continuam a verificar em Portugal.
Ao zé povinho nada é perdoado, os processos são rápidos e as condenações imediatas. Mas para aqueles que detêm o poder parece que estão acima das regras que todo o resto da população está obrigada a cumprir.

O governo de Passos Coelho, ou o próprio, não se quiseram pronunciar pelo que, aparentemente, isto é uma coisa encarada como normal para o novo executivo.
Diz o povo que quem não se sente não é filho de boa gente mas o novo governo tem dito vezes sem conta que não devemos passar a vida a olhar para trás e temos que seguir em frente. Claro que temos que seguir em frente, mas a condenação de atitudes erradas serve para mostrar aos outros que nós não pensamos da mesma maneira, que somos diferentes, que queremos fazer diferente.

Esperemos que a obcessão de olhar para a frente não seja um sinal de que tudo se perdoa a quem está no poder dentro do espírito da \"alternânica democrática\".


António J. Ribeiro