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Fernando Cruz Gomes
A guerra do Iraque já é comparada à do Vietnam
Ser Kennedy tem, ainda, nos Estados Unidos, alguma vantagem. Dá, pelo menos, a possibilidade de se dizerem coisas… que outros não poderiam. E que, mesmo que o pudessem, talvez preferissem ficar calados.
Há dias, num discurso no Centro de investigação Brookings Institution, em Washington, Ted Kennedy afirmou que "o Iraque é o Vietname de George W. Bush" e defendeu que os Estados Unidos precisam de "um novo presidente". Se tivermos em linha de conta que a afirmação vem de um senador democrata, poder-se-á pensar não se tratar mais do que uma “operação política”. Só que este Kennedy, com o peso que o nome familiar lhe dá, veio dizer algo do que muitos norte-americanos – e muito mais estrangeiros – já pensam.
E de tal maneira que o próprio secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, teve de fazer, logo a seguir, o que os jornalistas já chamam “uma incursão inesperada” na campanha eleitoral para as presidenciais de Novembro, atacando, naturalmente, aquele senador. Powell foi afirmando, desde logo, que o senador democrata devia ser "mais contido e prudente" quando fala do Iraque, já que os Estados Unidos estão "em guerra".
Powell defendeu, naturalmente, o “seu” presidente e o “seu” Partido. Não pode é esquecer – como, anteriormente, lembrara Ted Kennedy – que “ao partir para a guerra no Iraque com pretextos falaciosos e ao descurar a verdadeira guerra contra o terrorismo, o presidente Bush deu à Al-Qaida dois anos - dois anos inteiros - para se reagrupar e reposicionar nas regiões fronteiriças do Afeganistão". Frase que, de facto, define algo parecido com uma tragédia, face ao que se está a ver um pouco por todo o mundo.
Esta tomada de posição de Kennedy ocorreu depois de a coligação no Iraque ter enfrentado num fim de semana os combates mais mortíferos desde o derrube do antigo presidente iraquiano Saddam Hussein, a 9 de Abril de 2003. A verdade é que Ted Kennedy censura, desde há muito, a política externa e de defesa da administração Bush e da maioria republicana no Congresso, acusando-os de porem os Estados Unidos "em perigo".
Uma outra voz que ultimamente se levanta contra o estado de coisas que decorrem no Iraque é a do antigo chefe de desarmamento das Nações Unidas, Hans Blix. Para já, insiste que a única solução no Iraque é a ONU assegurar a transição em vez dos Estados Unidos cuja ocupação é sentida como “uma humilhação”. Para ele, “a ocupação foi um erro" e os iraquianos acham que se trata de “uma humilhação que contribui para o terrorismo".
Blix foi insistindo, ainda, que Bush e Blair “não tiveram sentido crítico” e “deveriam ter sido prudentes nas suas declarações” quando afirmaram que Saddam Hussein (o deposto presidente iraquiano) possuía armas de destruição maciça que não foram encontradas".
C.G.

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