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Fernando Cruz Gomes
Cantar Portugal
O “Dia de Portugal” tem muito mais visibilidade nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo... do que em Portugal. Certo. Sabido. Comprovadamente real. A saudade é bem capaz de ter a ver com isso.
A saudade e um certo apego a tradições que já o eram em tempos recuados, perderam a força nas fronteiras portuguesas e reganharam uma nova forma de ser no estrangeiro. Com excepções? – Decerto que sim... mas com factos palpáveis e reais que podem ser comprovados nas Paradas de Newark e de Toronto.
Na Parada da Semana de Portugal, em Toronto, mais de 100 mil pessoas postaram-se ao longo das ruas a ver passar um cortejo quase etnográfico, à falta de melhor termo, onde as actividades da comunidade e do Portugal de ontem passavam em revista.
E mesmo quando, no nosso jeito atávico de “dizer coisas” – normalmente apelidado de maledicência – acentuamos que “para as comunidades só nos mandam figuras de segunda categoria...”, hemos de refutar a ideia, pelo menos no que toca ao Canadá. Durante 5 dias, esteve na cidade principal (Toronto) o ministro dos Assuntos Parlamentares, Luis Marques Mendes, que conseguiu vestir a pele do emigrante, deu “dicas” de quanto baste, abordando temas que eram como que tabu – como o fez no caso do Ensino da Língua Pátria – e cantou, com os desta parte do mundo, o Hino Nacional melhor que nós temos, ou seja, o apego ao trabalho, a dedicação à Pátria, o reconhecimento do que a “gente de fora” vai fazendo.
Dizem-nos, e não seremos nós a negar, que Marques Mendes é um dos poucos ministros “desalinhados” do actual Governo, não comungando de um certo “seguidismo” a correntes de opinião ou a tendências que existem sempre nos Partidos. Talvez entronque aí a sua forma de actuar. Só que ficou, na mente de muitos, a ideia de que as comunidades desta parte do mundo – as comunidades da Europa, embora pareçam, não são iguais... – ganharam mais um “advogado”. Gratuito, por que não o pediram. Voluntário, porque se interessou ele próprio por ver coisas. Consciente, por que falou, sempre, de improviso, ao sabor do coração.
“Para se entender verdadeiramente Portugal e os Portugueses” é imperioso que se saia de Portugal. A frase, talvez com outra roupagem, é deste ministro que se deslocou pela primeira vez a “estas” comunidades.
Quem estas linhas traça, mercê da profissão, tem vindo, nos últimos tempos, a acompanhar a realização das Festas oficiais do 10 de Junho. Nenhuma... que se compare às de Toronto ou Newark. Ou antes... grandiosas como estas só as que, no ano passado, tiveram sede na cidade de Angra do Heroismo, na Terceura. Mas isso, talvez, porque os Açores sempre foram, também, considerados “muito longe” da Pátria-mãe, que é às vezes madrasta...
F.C.G.

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