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Fernando Cruz Gomes
Quando Portas chegar a primeiro-ministro...
Quase sem saber ler nem escrever… - sobretudo nestas matérias mediáticas em que Portugal, de momento, está mergulhado – descobrimos que em todo o xadrês político que alguém vai ter de jogar... Paulo Portas tem a faca e o queijo na mão. Não há muito, quase à laia de provocação, fizemos um título em que, como que a medo, escrevemos uma frase que ficou quase célebre (imaginem). “Quando Paulo Portas for primeiro-ministro...”
Demorámos uns meses a ter”razão”. Porque, de facto, neste momento, Paulo Portas, que tem a faca e o queijo na mão – não esqueçam – é quase o primeiro-ministro. Pelo menos é ele quem dá cartas.
Santana Lopes só vai poder ter um resultado “jeitoso” ou “menos mau” se contar com o Paulo. E vai ter de o aturar. A ele e às suas diatribes. Se nas eleições que não tardam, Pedro desejasse andar sozinho – como muitos dos barões PSD querem… - arriscava-se a não jogar duas ou três cartadas. A primeira, como é bom de ver, é a que fez aprovar o orçamento, que acaba por dar algumas “migalhas” aos que têm pouco dinheiro. Se Paulo não quisesse… o Pedro não podia sózinho.
O CDS a concorrer sozinho era (ou será?) um perigo. Um desastre mesmo. É que o centro-direita do PSD ficaria exposto, com o PP de Portas a avançar por ali adiante e a dizer cobras e lagartos… do até agora seu parceiro da coligação. E ele sabe jogar com a palavra. E vem de um conjunto de meses de governação – dois anos e meio – que, no que diz respeito aos ministros CDS, nem foi tão mau assim. De resto, Paulo Portas poderia ter a tentação de ser o fiel de balança, do PSD ou do PS até… O que, tudo visto, tira margem de manobra a Pedro Santana Lopes. Que não terá alternativa, enquanto o seu parceiro de coligação… tem alternativas e boas.
Tudo visto, chega a haver a ideia de que Jorge Sampaio fez o seu jogo. E já ganhou. Ou estará a ganhar. E isto independentemente das falaciosas “razões” que tardiamente embora já foram ouvidas. É que, há 5 meses, era bem possível que o PSD de Santana Lopes ganhasse as eleições ao PS de Ferro Rodrigues. Ao PS de Sócrates não há bem a certeza. Jorge Sampaio deve ter jogado, na altura, a sua cartada. E venceu. Até por ter dado a Pedro Santana Lopes a inevitabilidade de ter à direita um Paulo Portas que quer engordar e que, pelo menos, nas negociações que terão de ser feitas, rapidamente, não vai querer ficar com menos do que os14 deputados que tem agora.
Isto é… vai fazer o seu jogo, ameaçar que vai só… mas com a certeza de que irá acompanhado. E a fazer pirraça às distritais laranja que fogem dele como o diabo da Cruz.
A chamada lei da conjuntura política de há 5 meses fez com que Sampaio – o inefável… que muitos querem intocável - alinhasse a fazer a vontade a Santana Lopes. Hoje, com as coisas alteradas, à esquerda, na sua própria esfera de apetência, fez com que o presidente (“quase rei” e quase “caudilho”, salvo seja) mandasse às malvas o chamado interesse nacional e a visível legitimidade da democracia. Deu-lhe asas… para fazer voar os seus correligionários. Foi jogada de mestre. A lógica partidária funcionou, já que o PS é bem capaz de estar agora menos mal do que no tempo de Ferro. As famílias políticas ainda têm o seu valor.
Para Paulo Portas fica, agora, a certeza de que o “namoro” não pode durar muito. Mas leva, desde já, a certeza de que o “casamento” não tarda. Talvez até com a bênção do Presidente da República.
Quando Paulo Portas for primeiro-ministro…

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