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Serafim Marques



Os Emigrantes e a Língua Portuguesa

Por esta altura do ano, são milhares os emigrantes portugueses que regressam à terra, para matarem saudades e reverem locais e familiares e, com eles, vêm também muitos dos seus descendentes para que estes conheçam a terra dos seus progenitores. É bom assistir, ano após ano e desde que se deu o “boom” da emigração para França essencialmente, à vinda destes compatriotas , com reflexos sócio-económicos importantes.


Em várias aldeias, muitas delas desertificadas durante o ano, este é o período de (quase) único movimento e vida daquelas povoações que geraram e criaram portugueses que hoje estão espalhados por esse mundo fora, com destaque para o cerca de um milhão só na UE.

Verifica-se, contudo, que há cada vez mais um desenraizamento linguístico e cultural, pois não tem havido o cuidado de criar as condições para tal não acontecesse ou de efeito mais reduzido. Culpa das entidades portuguesas (embaixadas, instituto Camões, etc, ?), mas, em primeiro, lugar culpa dos próprios emigrantes que descuraram a transmissão aos seus descendentes dos valores culturais e da língua portuguesa, menosprezando a importância que isso representa, pelo que é triste verificar que são poucos os luso descendentes que dominam a língua portuguesa.

Mais estranho ainda é o facto dalguns deles ocuparem cargos relevantes nas comunidades e instituições desses países (sejam elas locais ou nacionais e públicas ou privadas).
Por várias razões, mas agora reforçada nesta era da globalização que vivemos, a língua portuguesa continua a merecer destaque nas empresas e organizações internacionais, pelo que o conhecimento da nossa língua, pelos emigrantes e seus descendentes, para alem da língua desses países e de outras, é uma mais valia e facilitadora da ascensão sócio-profissional nesses países. Os emigrantes, salvo honrosas excepções, não entenderam a sua importância e não investiram na formação dos seus descendentes.

Há tempos, dizia-me um emigrante que estava muito arrependido dessa falta, pelo que os seus filhos pouco ou nada sabem da nossa língua! Outro dizia-me, em jeito de pergunta: “investir para quê se eles não pensavam vir para Portugal?”

O domínio da língua mãe é imprescindível, mas lá como cá, esse é também um dos nossos pontos fracos.

Infelizmente e sem qualquer ofensa, estas atitudes estão relacionadas com a baixa escolaridade de muitos dos nossos emigrantes da geração de sessenta/setenta, muito diferente da formação dos actuais emigrantes.

Aliás, o insucesso escolar dos luso descendentes ultrapassa a média dos países onde nasceram e vivem.
Também e tal como cá, existe esse tipo de correlação.
Os resultados dos recentes exames nacionais mostraram-nos uma triste realidade e um crescendo no “analfabetismo” linguístico, pelo que o investimento nesta área é imprescindível.

As novas tecnologias e uma oferta variada de alternativas desviam os jovens das formas de comunicação, verbal e escrita assente na língua materna.

Vale a pena saber bem o português, aqui e junto das nossas comunidades emigrantes? Obviamente que sim, pela importância que tem o domínio da língua mãe, mas se não houver um esforço conjugado de todos os envolvidos, então não haverá melhorias.

José Mourinho, Villas-Boas, C. Ronaldo, etc, poderiam dar uma ajuda para que os nossos emigrantes sentissem orgulho na sua língua e vontade de a transmitir aos seus educandos, mas, infelizmente, os seus clubes (entidades patronais) exigem que estes usem a língua desses países, nas comunicações oficiais do clube!

Diz o povo que o “saber não ocupa lugar” e independentemente de pensarem ou não em regressar ou vir para Portugal, os emigrantes e os seus descendentes devem investir na sua formação, pois sem ela sobrarão para eles apenas as tarefas onde as exigências de conhecimentos e formação são menores.
Por que não enviarem os filhos estudar para Portugal, aqueles que puderem? Custa entender isto?

Serafim Marques
Economista



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